“Para o que (digo a verdade em Cristo, não minto) fui constituído pregador, e apóstolo, e doutor dos gentios na fé e na verdade”.
1 Timóteo 2.7
C. H. Spurgeon, pastor batista inglês, é chamado o “príncipe dos pregadores”. Ainda criança, sua mãe orava:
“Oh, que meu filho possa viver para ti”.
Filho e neto de pastores, desde pequeno convivia com um profundo sentimento de pecado. Buscando conforto, visitava uma igreja após outra, sem resultado.
Aos quinze anos aumentou de tal forma seu desejo de ser salvo que ficava continuamente em oração. Nesta época, converteu-se ao visitar numa manhã de domingo uma pequena igreja metodista, onde ouviu a pregação de um sapateiro que substituía o pastor ausente.
A pregação foi simples e breve, baseada em Isaías 45:22: “Olhai para mim, e sereis salvos.”
O sapateiro, embora indouto, expôs o texto com clareza suficiente para marcar o coração de Spurgeon. Logo foi batizado, e imediatamente começou a distribuir folhetos, aproveitando cada oportunidade. A oração de sua mãe fora respondida. Ainda em 1849, filiou-se a uma igreja batista:
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Com 16 anos pregou seu primeiro sermão numa casa de campo;
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Passou a pregar regularmente para uma congregação batista aos 17.
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Aos 18 foi separado para o ministério, mas rejeitou o título de “reverendo” por questão de princípios, e recusou-se a ser ordenado.
Aceitou o convite de tornar-se o pregador da pequena igreja de New Park Street, em Londres, onde havia um grupo de intercessores que rogava incessantemente por um avivamento. Com essa igreja continuou durante trinta e oito anos.
Durante muitos anos não havia órgão. Para muitos, as orações eram a parte mais sublime dos cultos; para outros, o ponto alto era o sermão de Spurgeon. O templo teve de ser ampliado algumas vezes, e mesmo assim não comportava as multidões que desejavam ouvir o jovem pregador.
Foi necessário alugar o Auditório Musical de Surrey Gardens, o maior prédio de Londres, com capacidade para 12.000 pessoas. No culto inaugural o prédio estava superlotado e havia 10.000 pessoas do lado de fora, sem poder entrar.
Em 1861 foi aberto o grande Tabernáculo Metropolitano, onde Spurgeon pregava aos domingos e quintas-feiras. Através de um programa de colportagem seus sermões de domingo e outras literaturas cristãs eram distribuídos literalmente às toneladas. Recebia grandes somas de dinheiro, mas era generoso com os pobres e fundou um orfanato, em 1867. Certa edição da Encyclopaedia Britannica declarou a respeito dos seus sermões:
“São um modelo de exposição puritana e de apelo à consciência individual através da emoção”.
No entanto, sua pregação era também “iluminada por frequentes toques espontâneos de humor”.
Sempre manteve uma posição bíblica e conservadora, rejeitando o liberalismo teológico. Mesmo não tendo recebido a formação duma faculdade, seus sermões revelam que lia bastante, e foi tido como um dos homens mais cultos de seu tempo.
Após o período de controvérsias, sua saúde debilitou-se bastante e ele foi levado a recuperar-se no sul da França, onde morreu em 1892. Seu corpo foi trazido de volta para a Inglaterra, e no seu túmulo há o epitáfio:
“Aqui jaz o corpo de Charles Haddon Spurgeon aguardando o aparecimento do seu Senhor e Salvador Jesus Cristo”.
É simplesmente, impactante, a história desse príncipe dos pregadores.
Que Jesus levante mais homens e mulheres como Spurgeon em nossos dias.
Jesus te abençoe sempre.
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