“E, ouvindo eles isto, compungiram-se em seu coração, e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, homens irmãos? E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo; porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos, e a todos os que estão longe, a tantos quantos Deus nosso Senhor chamar. E com muitas outras palavras isto testificava, e os exortava, dizendo: Salvai-vos desta geração perversa. De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra; e naquele dia agregaram-se quase três mil almas. E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações”.
Atos 2.37-42
John Wesley nasceu em Epworth (Inglaterra) em 17 de junho de 1703, décimo quinto dos 19 filhos do pastor Anglicano Samuel Wesley e da muito piedosa Suzana Wesley.
O século XVIII era uma época de notável decadência religiosa, acompanhada da patente hipocrisia do clero.
Seguindo a carreira do pai, estudou na Universidade de Oxford, sendo ordenado diácono em 1725 e admitido ao sacerdócio da Igreja Anglicana em 1728.
Como membro do Lincoln College, passou a residir em Oxford em 1729. Não conformado com a degeneração reinante uniu-se ao “Clube Santo”, que incluía seu irmão, Charles Wesley e, posteriormente, George Whitefield.
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Os membros comprometiam-se a dar um bom testemunho de sua fé;
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Ajudavam pobres;
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Visitavam presos;
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Confortavam doentes; e
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Eram bastante rigorosos em suas atividades religiosas.
Isso lhes valeu o apelido de “metodistas”, uma zombaria dos colegas da Universidade.
Apesar de sua busca pela justiça, Wesley ainda sentia faltar-lhe algo, até que em 1738, ao ouvir a leitura do prefácio do comentário de Lutero da Carta aos Romanos, John passou pela seguinte experiência, narrada em seu diário:
“Cerca das nove menos um quarto, enquanto ouvia a descrição que Lutero fazia sobre a mudança que Deus opera no coração através da fé em Cristo, senti que meu coração ardia de maneira estranha. Senti que, em verdade, eu confiava somente em Cristo para a salvação e que uma certeza me foi dada de que Ele havia tirado meus pecados, em verdade meus, e que me havia salvo da lei do pecado e da morte. Comecei a orar com todo meu poder por aqueles que, de uma maneira especial, me haviam perseguido e insultado. Então testifiquei diante de todos os presentes o que, pela primeira vez, sentia em meu coração”.
Seu irmão Charles havia passado por experiência semelhante apenas poucos dias antes.
A intensidade desse fogo que incendiava o coração de John pode talvez ser avaliada pelos resultados. Wesley:
1. Viajava cerca de 5.000 milhas (8.000 Km) por ano;
2. Pregando quatro ou cinco vezes por dia (frequentemente ao ar livre);
3. Fundando novas sociedades; e
4. Traduzindo do grego, latim e hebraico.
Auxiliou endividados, supria roupas e alimentos aos pobres, proveu empregos aos desempregados, implantou centros de serviços médicos e opôs-se à escravidão.
Quanto a Charles Wesley, compôs cerca de 6.500 hinos, muitos dos quais cantados até hoje. John Wesley pregou seu último sermão na quarta-feira, 23 de fevereiro de 1791.
E hoje, aonde estão as pessoas com essa disposição para o Reino de Deus?
Jesus Cristo abençoe sempre sua vida.
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